sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Lei estende a profissão de enólogo a quem tem diploma de curso técnico


Técnico em nível médio formado até 2007 pode assinar produção de vinhos.
Mudança na lei foi publicada no 'Diário Oficial da União'.

Produção de vinhos (Foto: Reprodução/TV Tem)Produção de vinhos (Foto: Reprodução/TV Tem)
A partir de agora, quem se formou em um curso técnico em nível médio para enólogo entre 1998 e maio de 2007 vai poder usar seu diploma para exercer a profissão podendo, inclusive, assinar a responsabilidade técnica por uma vinícola e pela produção do vinho. Uma lei publicada nesta quinta-feira (27) no “Diário Oficial da União” permite o exercício da profissão de enólogo aos portadores de diplomas de nível técnico que estavam em uma espécie de “limbo”.
É que a lei número 11.476, que regulamentou a profissão, publicada há 5 anos, dizia que só podia exercer a profissão de enólogo, além dos profissionais formados em cursos de graduação em enologia, "os possuidores de diplomas de nível médio em enologia expedidos no Brasil até a data de 23 de dezembro de 1998, a partir da qual houve o reconhecimento pelo Ministério da Educação do curso de Tecnólogo em Viticultura e Enologia e a formatura da primeira turma de Tecnologia em Viticultura e Enologia".
Agora, quem fez curso técnico no período entre o reconhecimento do curso superior pelo MEC e a promulgação da lei de regulamentação da profissão também poderá ser considerado um enólogo, e não apenas um técnico em enologia.
"A profissão demorou tanto tempo para ser regulamentada após a criação do curso superior que muitos técnicos em nível médio ficaram de fora", explica Christian Baraldi, presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE). A mudança no texto da lei corrige esta distorção.
G1 preparou um roteiro com os cinco melhoes lugares para comprar e degustar vinhos em Manaus (Foto: Mônica Dias/G1)Vinhos (Foto: Mônica Dias/G1)
O Brasil é um produtor relativamente pequenos de vinhos, segundo o presidente da ABE. Os produtores se concentram na sua grande maioria no Rio Grande do Sul, onde também estão a maioria dos cursos de formação superior e de nível médio em enologia. São quatro instituições que oferecem curso superior: Universidade Federal do Pampa (Unipampa); Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), no campus Bento Gonçalves; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, no campus Visconde da Graça; Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão), em Petrolina, Pernambuco, onde há grande produção de vinhos. Os três institutos federais também oferecem o curso técnico em enologia.
"O país tem um potencial de crescimento muito grande pela questão dos diferentes estilos de clima e solo", avalia Baraldi. Segundo ele, o que se tornou o símbolo do potencial do Brasil são os vinhos espumantes.
NÃO CONFUNDA ENÓLOGO COM ENÓFILO OU COM SOMMELIER; VEJA AS DIFERENÇAS
Enólogo cuida da produção do vinho (Foto: TV Globo/Reprodução)
ENÓLOGO

Profissional formado em enologia que é responsável pela produção do vinho, do plantio das uvas até a distribuição. Trabalha em vinícolas.
vinhos (Foto: Reprodução)
ENÓFILO

Qualquer pessoa apreciadora de vinhos

sommelier (Foto: Reprodução)
SOMMELIER

Especialista em vinhos, cuida da promoção do produto final junto ao consumidor. Trabalha em lojas e restaurantes
Muita gente confunde o trabalho do enólogo, responsável pela produção e cultivo das uvas e fabricação do vinho, com o do sommelier, que trabalha em restaurantes e lojas especializadas e atua no serviço do vinho, desde a compra da garrafa, a forma adequada de conservação, o tipo de copo ideal, e indica com que prato aquele vinho combina melhor.
Segundo Baraldi, o enólogo pode atuar em duas linhas de trabalho. A primeira com um viés mais agronômico, atuando na condução da videira, determinando a qualidade da uva e analisando outros pontos que envolvem a matéria prima do vinho. O segundo perfil é mais industrial, com fico nas áreas de bioquímica e microbiologia. "Ele tem de ser também, é claro, deve ser um profundo apreciador e conhecedor de vinhos."
fonte g1

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