O governador Wilson Martins, jamais deveria ter aceitado a indigna proposta do Sr. Leônidas Cristino, que a exemplo dos demais dirigentes do setor portuário do país, sempre relegaram o Piauí à segundo plano, em termos dos programas de construção de portos marítimos no Brasil.
Ora, de que adianta transportar mercadoria de São Luiz para Teresina, indo para a cabotagem de Luiz Correia e depois para Teresina? Isso seria uma estupidez avacalhada em termos de lógica e no campo das prioridades. Imaginem os gastos com internação da mercadoria com o carrego e descarrego, quando a mercadoria chegar a Teresina, estará inviabilizada o seu custo. Da mesma forma quando isso acontecesse vindo de Pecém no Ceará, ou de Suape, Pernambuco.
O montante de apenas R$ 64 milhões, para a soma de R$ 320 milhões para a conclusão da obra em sua plenitude, mostra que o Secretário não está muito interessado em ajudar o Piauí na conclusão do seu porto de mar.
Para analistas que se preocupam com o futuro do nosso estado, - o mais atrasado do nordeste em termos de obras estruturantes com vistas a um futuro promissor no campo do desenvolvimento regional -, necessário se faz uma tomada de posição do governador Wilson Martins, primeiro, se cercando de técnicos, de consultoria expert em construção de portos, podendo ser contratada a consultoria de Otacílio Coser (foto), do Espírito Santo, sob pena, de continuarmos servindo de joguete desinteressado como essa sabotagem de querer transformar o nosso porto marítimo, um sonho secular dos piauienses, em porto apenas de cabotagem. Aliás, isso não é sabotagem, pior ainda, é uma grande sacanagem.
O mais grave nesse novo quadro que está se delineando em cima da construção do nosso porto, é saber que o governador Wilson Martins, infelizmente não entende coisa nenhuma de porto, e nem tem assessoria para orientá-lo evitando que esse blefe não venha a acontecer, o que transformará a construção do Porto de Luiz Correia num blefe de causar indignação às pessoas que têm consciência do real significado de um porto de mar.
Alto lá governador, contrate uma consultoria que entenda de mecanismo portuário, para não mais claudicar em temas como esse, quando confunde um porto de mar em toda a sua plenitude técnica, com um simples porto, apenas de cabotagem!
Acredita-se que o Sr. Leônidas Cristino, de pronto, sentiu que o moço de Santa Cruz do Piauí (nosso governador), acostumado com pequenas feiras interioranas em sua terra natal, não entendia de porto e empurrou a bucha que o governador sem embasamento e preparo para discutir o assunto, engoliu e já saiu propagando que: “ o nosso porto deverá ser um porto de cabotagem”, sem sequer assimilar o que isso significa de perdas para a construção de um porto com todo o seu mecanismo marítimo, para levar o Piauí ao topo do desenvolvimento.
E tem mais governador, um porto em Luiz Correia, sem a ferrovia, vai inviabilizar a ZPE e o projeto do próprio porto. Um porto de mar, sem ferrovia saindo de dentro de suas instalações para o resto do estado, significa a mesma coisa que um porto seco, numa região sem estradas asfaltadas. Uma coisa inviabiliza a outra.
Lembremos ao governador que, para uma pequena ampliação no porto de Pecém, no vizinho estado do Ceará, o Presidente Lula, liberou ao apagar das luzes do seu segundo governo, cerca de R$ 400 milhões de reais. Ora, como se construir e concluir o porto de Luiz Correia, apenas com R$ 320 milhões de reais, se, para uma pequena ampliação no porto de Pecém, no Ceará, foram aplicados mais de R$ 400 milhões?
Falta ao Piauí uma classe política mais nobre, consciente e mais culta na discussão de projetos como esse do porto, pois, sem cultura e sem preparo, um governante não pode discutir obras técnicas, sem estar acompanhado de técnicos talhados para a discussão de projetos desse nível.
Transformar o Porto de Luiz Correia, apenas num porto de cabotagem, não é somente uma sabotagem, mas, uma grandessíssima SACANAGEM, com o já desesperançado povo do Piauí. Essa é a nossa mais pura e cristalina opinião.
Por Tomaz Teixeira
Fonte: Portal Jogo Aberto
Edição: Proparnaiba.com
Edição: Proparnaiba.com
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