quinta-feira, 28 de julho de 2011

Câmara dos EUA adia votação de plano para aumento do teto da dívida

Câmara dos EUA adia votação de plano para aumento do teto da dívida

O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, John A. Boehner, adiou a votação do plano republicano para a elevação do teto da dívida que era esperada para acontecer nesta quinta-feira.

O atraso veio depois que os congressistas já tinha começado a discutir o plano que criou um impasse entre a Câmara e o Senado sobre como cortar os gastos do governo e elevar o teto da dívida até o dia 2 de agosto, data limite para que os EUA declarem a moratória.

Não ficou claro se a discussão e a votação da lei foi foram postergados porque os republicanos não acharam que tinham um número suficiente de votos para aprovar o plano.

IMPASSE

Há meses a Casa  Branca e o Congresso estão envolvidos em negociações para chegar a um acordo que permita elevar o teto da dívida pública dos EUA e, assim, evitar o risco de calote.

Nas últimas semanas, o presidente Barack Obama e líderes dos dois partidos - Democrata e Republicano - vêm se reunindo quase diariamente, mas ainda não conseguiram solucionar o impasse.

O governo diz que, caso não haja acordo até a próxima quarta-feira, os Estados Unidos terão de, pela primeira vez, deixar de cumprir seus compromissos financeiros.

Nesta data, os EUA devem ultrapassar o chamado teto de sua dívida, que é de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões).

Analistas afirmam que o calote da dívida americana poderia provocar um salto da taxa de juros nos Estados Unidos e potencialmente ameaçar a recuperação econômica mundial.

A oposição republicana, que controla a Câmara dos Representantes (deputados federais), exige que um acordo para elevar o teto da dívida seja vinculado a cortes no orçamento americano, para reduzir o deficit recorde, calculado em cerca de US$ 1,5 trilhão (R$ 2,3 trilhões) para o ano fiscal que termina em setembro.

Apesar de representantes de ambos os partidos concordarem com a necessidade de reduzir gastos, há muitas divergências sobre o que cortar e que programas atingir.

Os republicanos se recusam a aceitar qualquer proposta que inclua aumento de impostos. Obama, no entanto, insiste na necessidade de acabar com cortes de impostos que beneficiam a camada mais rica da população, criados ainda no governo de George W. Bush.

Os democratas, por outro lado, relutam em tocar em programas sociais que os republicanos querem enxugar.

Com agências de notícias

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