Lideranças do Piauí tentam tomar para si os louros do avanço do PIB

Porto de Luís Correia

Volto ao tema: entre 2002 e 2009, o PIB (Produto Interno Produto) do Piauí cresceu acima da média do Nordeste e do Brasil. Os números são oficiais e incontestáveis. Eles foram apurados e divulgados pelo IBGE. O que é contestável é o discurso enganoso das lideranças políticas piauienses que tentam tomar para si os louros do avanço.

É bem o contrário: nesse período, o Governo do Piauí não fez sequer o dever de casa. E nem as lideranças políticas que lhe deram sustentação fizeram qualquer cobrança nesse sentido. O resultado é que, sem estratégia e sem ação planejada de desenvolvimento, o Piauí virou sanduíche de progresso espremido entre o Ceará e o Maranhão.

Enquanto o Ceará ganhou os megaprojetos de uma refinaria de petróleo e de uma siderúrgica, por exemplo, o Piauí não foi capaz de construir uma estrada de 300 quilômetros para escoar a produção agrícola dos cerrados, a Transcerrados. Trata-se de uma obra estruturante reiteradamente prometida e também insistentemente esquecida após as campanhas políticas.

Porto do pecém - Ceará

Enquanto o Ceará ampliou o Porto do Pecém duas vezes, na primeira investindo R$ 317 milhões e, agora, na segunda etapa, aplicando mais R$ 609 milhões, o Piauí não conseguiu implantar o seu porto seco, no valor de apenas R$ 10 milhões. As obras do porto de Luís Correia, retomadas com estardalhaço em ano eleitoral, logo foram abandonadas e estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal, por suspeita de corrupção.

Ainda no Ceará, avançam importantes obras de infraestrutura do governo estadual, como rodovias, aeroportos e outras relacionadas ao turismo. Nessa lista, estão o aeroporto de Aracati, perto de Fortaleza; o ExpoCeará, que é o centro de feiras do Estado, assim como os túneis de acesso ao local; a via que leva ao Aeroporto Internacional Pinto Martins; e a duplicação da rodovia CE-040, além da construção do aeroporto de Jericoacoara.

Porto do Pecém - Ceará

No Piauí, o Governo do Estado fechou o Centro de Convenções de Teresina, a pretexto de reformá-lo, e abandonou a obra, como tantas outras. Construiu uma pista no coração da caatinga e batizou-a de Aeroporto Internacional Serra da Capivara. Lá só pousou avião no dia da inauguração. Contraiu empréstimos no valor de R$ 1 bilhão e 300 milhões para fazer estradas e muitas das que foram construídas já estão se desmanchando...

Já o Maranhão trabalha com megainvestimentos em vários setores. Só a refinaria Premium II será o maior da região. A expectativa é da geração de 150 mil empregos. Enquanto a implantação da unidade da Suzano do Piauí está em compasso de espera, no Maranhão a empresa já acertou seu plano de expansão. O empreendimento vai gerar 20 mil empregos.

A despeito de ser ainda muito pequeno, quase inexpressivo, só 0,6% do brasileiro, o PIB piauiense cresceu devendo muito pouco a nossas lideranças políticas. Melhor dizer: avançou apesar delas.

ate quando o porto de luis correia vai espera ate o fim do mundo quando as ondas do mar acabarem com tudo so luis correia ficará?