O jornalista Mauro Sampaio acompanhou, em Brasília, o lançamento, pela presidente Dilma Rousseff, do programa de concessão de estradas e ferrovias, com o objetivo de ampliar e modernizar parte da infraestrutura de transportes do país nos próximos anos. Ele escreveu em seu blog, no portal Acessepiauí:
“Caminhões carregados de soja atolados no período da chuva ou uma estrada esburacada, sem sinalização, lenta e perigosa. Um país quilométrico sem trilhos suficientes para transportar riquezas cultivadas, criadas ou industrializadas. O Brasil está fora do padrão primeiro mundista de infraestrutura e o governo não tem condições de manter sozinho rodovias e ferrovias.
A presidenta Dilma Rousseff recorre à iniciativa privada para estimular investimentos ambiciosos na ampliação e recuperação da malha rodoviária e na construção de pelo menos 10 mil quilômetros de ferrovias para promover, de forma integrada, a eficiência e a competitividade nacional. O Piauí pode ser beneficiado, até já tem uma Transnordestina que tenta ser concluída.
O Estado, que ainda não conseguiu pavimentar a região produtora do cerrado aos portos e aeroportos, terá a oportunidade de oferecer o trecho rodoviário da soja a investidores privados. Se se fala que ali, no sudoeste piauiense, está a "última fronteira agrícola", a chance é razoável e tem, a partir de agora, o sinal verde do Governo Federal.
O programa de concessões destinada à modernização da malha de transportes foi lançado na quarta-feira (15/08/12), no Palácio do Planalto. Com vários governadores e vice-governadores presentes (o Piauí não estava representado), a presidenta Dilma Rousseff admitiu que a atual infraestrutura de transportes atrapalha o desenvolvimento e a parceria vai, finalmente, elevar o Brasil de emergente a desenvolvido:
“Nós estamos iniciando hoje nessa solenidade uma etapa da qual o Brasil vai sair mais rico e mais forte, mais moderno e mais competitivo. Uma etapa que dará à economia brasileira o tamanho que as necessidades de nossa população exigem. O Brasil terá, finalmente, uma infraestrutura compatível com o seu tamanho.”
A recuperação e expansão da infraestrutura rodoviária e ferroviária, "para garantir a continuidade da aceleração do crescimento", terá investimentos públicos e privados da ordem de R$ 133 bilhões. "Eles são decisivos para desatar vários nós", disse a presidenta.
Um nó estaria no Piauí, mas é preciso ir à luta de recursos para asfaltar e duplicar rodovias (R$ 42 bilhões para 7,2 mil km) e colocar o País nos trilhos (R$ 91 bilhões para 10 mil km). No Piauí, a ferrovia Teresina-Luís Correia enferrujou. Dilma negou em entrevista coletiva após a solenidade que as ferrovias serão totalmente privatizadas.”
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