
Votaram pela greve hoje os trabalhadores de 12 Estados (Piauí, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins) e de outras cinco regiões do Estado de São Paulo.
Na próxima terça (25), quatro sindicatos estaduais (Alagoas, Bahia, Espirito Santo e Rio Grande do Norte) e o do Distrito Federal também realizarão assembleias. Caso também optem pela paralisação, mais de 120 mil funcionários podem aderir ao movimento em todo o país.
Cerca de 17 mil já pararam suas atividades em Minas Gerais e no Pará desde a segunda passada (10), segundo o sindicato da categoria, o Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares).
Os Correios tentaram suspender a greve nos dois Estados na Justiça, mas o TST (Tribunal Superior do Trabalho) negou, na sexta (14), o pedido da estatal. Correios e sindicato terão audiência de conciliação e instrução hoje, às 10h30.
Reivindicações
A categoria pede reajuste de 43,7% (soma das perdas salarias desde o Plano Real e da inflação do período mais aumento real) e aumento linear de R$ 200, ticket alimentação de R$ 35 por dia, a contratação imediata de 30 mil trabalhadores e o fim das terceirizações, além de garantias de melhores condições de trabalho.
As negociações começaram há mais de um mês, e, inicialmente, os Correios ofereceram 3% de reajuste. A proposta foi rejeitada por unanimidade nas assembleias realizadas pela categoria em todo o país, e, na semana passada, a empresa voltou a fazer nova proposta, desta vez de 5,2% de ajuste --equivalente à inflação dos últimos 12 meses.
Os Correios afirmam que o reajuste de 5,2% elevaria o salário-base inicial para R$ 991,77. "Se somado o adicional de atividade que os carteiros recebem, o vencimento subiria para R$ 1.289,30. Este cargo é de nível médio", informaram, em nota.
A segunda proposta também rejeitada nas assembleias já realizadas.
Justiça
Os Correios ajuizaram na quinta (13) dissídio coletivo de greve no TST para tentar reeditar o fim da greve no ano passado. Em 2011, após 28 dias de paralisação, o TST decidiu pelo reajuste de cerca de 6% mais R$ 80 linear.
Na ação deste ano, a empresa disse que se esgotaram as possibilidades das partes chegarem a um consenso e pediu que fosse declarada a ilegalidade das greves em Minas Gerais e no Pará por não ter sido informada da paralisação com 72 horas de antecedência, conforme exige a Lei de Greve.
Para a companhia, o movimento grevista é abusivo porque os Correios prestam serviços essenciais à sociedade, e sua eventual interrupção, ainda que parcial, causa sérios problemas à população.
Os Correios pediram a suspensão da paralisação até o julgamento final do dissídio ou que o sindicato seja obrigado a manter pelo menos 80% do contingente em cada uma das unidades operacionais da empresa.
Fonte: Portal O Dia
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